quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Tempo esgotado

A terra treme
A sensação térmica da pele mórbida da vida morta que está por vir
Tremores de terra
Dias diminuídos
Extremamente quentes
Friamente frios
Falta d’água
Dias secos
Desertos novos sendo descobertos
Enchentes
Maremotos
Tsunamis
E terremotos
A terra treme
Sacudindo seus mortos
Engolidos por crateras ou embaixo de destroços
Caos
Desordem
Vidas destruídas
Ruínas
Dias de agonia
Ondas gigantes
Tremores e enchentes
Prédios e grandes impérios ao pó voltarão
Palácios e planaltos
Perecerão
A terra treme, reage
A terra responde
Mostrando que já é tarde
Prédios e grandes impérios ao pó voltarão
Em todos os continentes vejo todos os povos chorando seus mortos
Procurando migalhas de vida, em meio aos destroços
Crianças mutiladas, sem suas famílias nem suas casas
Caos
Finalmente virá
O dia em que seu dinheiro não poderá mais comprar
O dia em que o desespero irá chegar
Bancos moedas e notas
Não poderão pagar
A terra, não aceita moedas
A terra, que viu tantas guerras
Tecnologias suicidas
Poluentes, lixo e desperdício
Não ira se comover
Com o fim explícito
Homens gananciosos
Nações e grandes potências mundiais
Que só se preocupavam com poder
Veja seu império de desfazer
A terra treme
Pra lhe devolver o mal, que lhe foi causado
Dólares, não valerão nem um centavo
Euros não comprarão sequer uma gota de água
Notas e dólares não valerão nada
Em meio ao desespero
A terra treme
Lhe mostrando o quanto vale o seu dinheiro
Poderosos morrerão de sede, com milhões de cédulas nos bancos e nos bolsos
O dinheiro, finalmente, não poderá comprar
E a terra se lembrará
De homens que criavam bombas atômicas
Nem um pouco preocupados com o aquecimento da terra e o desequilíbrio das placas tectônicas
Agora choram
Enquanto a terra treme de desespero
A terra chora
E suas lágrimas alagam e trazem medo
A terra morre
E já não há mais nada
Que possa ser feito...

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