quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Detalhes da natureza

Detalhes da natureza

Sou amante da duvida e dos livros que ainda não li, tenho mais apego pelo que não sei do que tenho pelo que penso que aprendi.
Adoro ouvir o nome de um autor desconhecido, me lembra que ainda restam tantos livros... tanto a ser visto, a ser lido, a ser dito. Creio que por isso, adoro moços com ar de superioridade, que discursam com prepotência, vejo graça neles...
Admiro a sabedoria desprovida da influencia perigosa de teorias que ninguém mais duvida, vinda da pureza do raciocínio somado as experiências vividas pelos raros sábios iletrados, é pura sua percepção, pouco contaminada pelos possíveis erros e preconceitos das idéias dos outros, a sabedoria pura, misturada, claro, à cultura , sotaque , regionalidade , crenças , lendas , temência às antigas histórias, hereges e horrendas , de modos e conseitos e herança de valores.
Não há nada que ainda permaneça Casto , tudo já foi contaminado, claro, mais ainda assim existem relatos caros de moços velhos que lêem o tempo através dos sinais escritos pela natureza, num idioma antigo, difícil de ser traduzido aos quatro ventos, nos quatro elementos, nas quatro estações, nos papiros abertos nos quatro braços da rosa dos ventos, no tempo.
A sabedoria daqueles que respeitam e cumprem seu ciclo, com a plena conciência de que somos apenas, entre tantos, detalhes da natureza.
E sigo estupefata, encantada com as palavras ditas desconhecendo as reformas literárias, ortográficas ou regras de gramática, mais ainda assim, eruditas.

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