sábado, 4 de dezembro de 2010

mais...

Passo finais de semana baratos em Belo Horizonte, com Luciano, um amigo de infancia desde o colegial.. que desenha croquis e expressa sua arte com cortes , panos, peças, desenhos e máquina de costurar... tambem fez a capa de ' saudades do ócio, uma ampulheta que chora... ouço Carlos Gardel e tomo um vinho... se tudo der certo viajo pra registrar os manuscritos em janeiro junto à biblioteca nacional... e finalmente poderei postar poemas, histórias de viagens de lugares e de arte, e espero encontrá-los pelo caminho e lhes entregar , finalmente, o meu livro, e estar dinovo livre por uns tempos... com isso voltei pra casa de minha mãe depois de quase cinco anos, economizo com isso e também amo estar entre eles... não tem sido execrável, tenho trabalhado a noite, durmo pela manhã e leio e escrevo durante a tarde, e lhes digo, meus amigos, o que me move, são as saudades...

embriagai-vos

as primeiras 100 cópias do livro inacabado estão empoeirando em meu quarto... outro livro foi escrito enquanto isso... vindo de meu trabalho ardoo pra transformar minhas palavras em páginas... juntando grana num porco de porcelana, me privando de viagens e lugares que amo, compro apenas livros, como Vincent Van Gogh que mal comia pra comprar tinta, também me privo, de meu vício mais sincero, viver de lugar em lugar numa vida desrregrada do barato, cigarros apenas picados e cafés amargos, com minhas últimas pratas, longe de casa, sentindo a graça de existir a dádiva de poder respirar de poder pensar, ver, cantar,a música... alimento ... a arte me alivia e admiro sobretudo a terra, a mais perfeita tela, que outrora era remota sem forma,vazia então o artista supremo criou a tinta, as cores as formas, os seres, e amo observá-la, um amigo, Luciano, autor da rosa dos ventos retorcida da capa de embriagai-vos é quem cria estas contas... é estranho digitar... gosto do barulho da caneta sobre o papel, e meus manuscritos são como telas que escrevo o que sinto... amo as palavras...confesso meu jeito obsoleto, mas vou tentar não esquecer a senha dinovo... outro livro foi escrito vindo da anciedade de poder deixar meu emprego pra respirar outros lugares, conhecer gente, apreciar a arte... outros lugares... chama-se 'saudades do ócio' e sigo arquitetando-o... a ele já não faltam palavras... só falta a ele notas...cédulas meus caros!mas estou a cuidar disso... e engordo meu porco de porcelana, não gosto muito de contas, senhas... enfim, espero logo encher vossas taças de palavras...

P.S.: Luciano acaba de fazer uma incrível mágica em resgatar minha senha a qual esqueci de memorizar ou memorizei e não lembro... não sei bem...

um abraço
obrigada por ler meu desabafo!

espero ter mais sorte que Van Gogh!

Dread