quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Viva La Vita!



Sinto saudades de arrumar as malas a qualquer hora, e sair, sem a menor certeza do que vai acontecer, embarcar e descer em algum outro lugar...
Ser nova aos olhos dos outros, e especular com mesmo animo, novos estranhos, e sentir surgir laços, o início de mais uma história a ser contada, assistir o que serão logo, lembranças... fazer história, fazer parte da história dos outros , e sair dali com a bagagem mais pesada, com a voz já embargada pela saudade nova, pra ser guardada junto a muitas já antigas... viver a vida com delicadeza e a fineza da simplicidade, dando requinte a belos fins de tarde, de prosas intermináveis e risadas incontáveis, de sentir a sorte de ter te encontrado, você que nem conheço e tenho medo, quando penso que te perco, por não poder ir agora, com isso deixo páginas vagas, pelos amores que perco, os momentos e tempos frios de ouvir boa música, tomando um vinho num lugarejo longe de tudo ou num bar de beira de estrada que toca um vinil do jethro tull, junto á amigos de jornada, a viajar em busca de sonhos, de música, de novas histórias, entre risadas bêbadas e uma conversa genial, saudades de estar viva, saudades dos grandes amigos que ainda permanecem desconhecidos, porque preciso esperar, preciso trabalhar nesta temporada, mas encontro vocês no caminho, caríssimos, por favor, mantenham-se vivos... e finalmente iremos nos encontrar, mais fortes, mais velhos é verdade e com isso mais convencidos de que não há nada mais lindo, não há nada mais lírico que a simplicidade, não há nada mais rico que levar na bagagem, apenas aquele velho casaco, cadernos rabiscados com registros diários e claro, olhar pro lado e ver aquele chato, aquele cara inacreditável , que é como criança e que único e inesquecível, espero logo partir com um bando desses comigo, pra abraçar bem forte e chamar ‘meu amigo!’... Enquanto isso, sigo me preparando para este grande encontro, a qualquer esquina da vida, sonhadores bucólicos, boêmios, pra ir passear e quem sabe parar numa colônia, na Itália... e colher uvas e dançar na festa da grande colheita, e fazer vinho , e dançar...e se olhar sorrindo parecendo não acreditar, ver crianças se divertindo no amarelado fraco, vindo dos últimos raios do sol daquela tarde, naquele lugar e brindar dando risada... infinitas saudades aos patrícios ainda desconhecidos, lhes encontro um dia, caríssimos e nossa sintonia soará uma doce sinfonia , e nossa voz alta, erguida junto às taças, brindarão palavras,ditas e devidamente obedecidas: “Viva La vita!”

P.S.: Até logo, queridos, tenho a certeza de encontra-los... e viver dias embriagados, regados a gentileza e alegria, sinto que são homens distintos, nobres, de trajes antigos e bucólicos... homens ligeiramente bêbados e sempre cheios de cortesia e fineza , cantando e cambaleando pela estrada ‘Roadhouse Blues’ dos Doors ... sujeitos com os defeitos que vou adorar suportar e com os sorrisos, que amo, desde já...

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